segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mais um texto com embasamento científico...

Caminhando lentamente rumo à resposta que busco...

A dinâmica neocortical da persuasão e da influência

Mark E. Furman

O cérebro humano é a organização da matéria mais complexa conhecida no universo. Contendo cerca de 100 bilhões de neurônios abundantemente interconectados com outros 1.000 a 100.000 neurônios, o cérebro forma um infinitamente complexo sistema dinâmico não linear. O número potencial de estados emergentes e de comportamentos é virtualmente ilimitado e o vasto sistema neuronal do cérebro com suas atividades neurofisiológicas nunca reside exatamente duas vezes no mesmo estado (Kelso, 1995).

Então por que nós abordamos a influência desse sistema dinâmico no treinamento de um vendedor com um arsenal de "técnicas" e "linhas" estáticas? Com esse estilo clássico de treinamento de persuasão, nós deixamos ao acaso muitos dos resultados, abandonando o pessoal de vendas, os negociadores e os gerentes a um destino inevitável com chances nem um pouco melhores do que as de um cassino.

Nos meus 15 anos treinando profissionais na ciência da persuasão e influência, eu nunca vi um programa que foi construído sobre as fundações do que nós aprendemos nos últimos 100 anos de pesquisa neurocientífica. Porque os dois campos mais vitais e interdependentes nunca trocaram informações? É uma das intenções da NSR Techonologies™ começar a fechar essa brecha.

A persuasão e a influência são tanto uma ciência como uma forma de arte. Treinamento com sucesso e implementação dessas habilidades requerem uma compreensão básica dos princípios que dirigem a função do cérebro e uma extraordinária compreensão da forma de arte chamada de "aplicação". O profícuo campo de investigação para a integração da persuasão e a dinâmica neocortical estende-se da neurobiologia até a hipnose.

O escopo desse artigo não permite um tratamento exaustivo da substância desse assunto. Entretanto, a intenção é informá-lo do fato de que muitas pesquisas e desenvolvimentos têm sido feito e está disponível em muitas formas, desde livros até seminários de treinamento de profissionais.

O cérebro como um sistema dinâmico não linear

Imagine a visão aérea de um labirinto em tamanho natural. O seu objetivo é entrar de um lado e depois de muitas tortuosas tentativas e erros, emergir com sucesso pelo outro lado. O labirinto é um quadrado com paredes de 3 metros de altura e dentro as paredes formam intricadas curvas - praticamente um caminho conduzindo para lugar nenhum.

Se isso fosse um labirinto linear, você poderia entrar esperando encontrar sempre a entrada no mesmo lugar. Uma vez lá dentro, você poderia dobrar para a direita e se isso o conduzisse a um beco sem saída, você poderia voltar e tentar a esquerda deixando o labirinto inalterado. Você poderia eventualmente, através de muita tentativas e erros, sair com sucesso esperando encontrar sempre aquela entrada no mesmo lugar. Não seria agradável se o cérebro que você está influenciando fosse um sistema linear. Ele não é!

Agora imagine uma vista aérea de um labirinto "similar". Quando você dá uma olhada de mais perto do chão, você observa que a entrada não está onde você esperava que estivesse. E, de fato, cada vez que você pretende iniciar a caminhada no labirinto, a entrada por onde começar nunca está no mesmo lugar. Você circula em volta procurando por onde entrar. Quando você finalmente entra, pode escolher entre ir em frente, para a direita ou para esquerda. Você vira para a direita e quando você perceber que chegou num beco sem saída, você volta para o primeiro ponto de decisão para descobrir que não existe mais um caminho à esquerda. Ao contrário, você descobre que são 3 novos caminhos.

Você de repente percebe que a cada passo que dá, isso faz com que as paredes do labirinto se re-arranjem e se auto organizem num novo labirinto. É impossível você tomar qualquer decisão sem alterar irreversivelmente o labirinto. Você de repente percebe que não existe nenhuma maneira de começar de novo a partir do mesmo lugar. Não existe nenhuma maneira em que você possa memorizar a paisagem ou a topologia desse labirinto. A sua única esperança para sair é refinar os princípios pelos quais cada uma das suas ações ocasiona a auto-organização do labirinto. Você acabou de entrar no mundo não linear do cérebro humano.

Destruindo os mitos

Tendo em mente o que já foi examinado, torna-se evidente para você que muito do que nós ensinamos a um vendedor é idiossincrático, ao qual nós atribuímos os nossos próprios sucessos e fracassos. Ao invés de um conjunto de princípios, nós tendemos a ensinar conjuntos estáticos de comportamento que acreditamos foram a razão dos nossos sucessos passados.

Ao vendedor novato é ensinado a estender com firmeza a sua mão, ter um vigoroso aperto de mãos, fazer contato ocular e dizer com clareza o seu nome e o da sua empresa. Na aparência qualquer uma destas inocentes ações pode terminar num fracasso brutal e na perda do rapport devido a um timing impróprio. E se o cliente acabou de fazer uma cirurgia na mão?

O que aconteceria se o cliente estivesse visualizando um antigo vendedor do qual ele desconfia enquanto você está tentando manter o contato ocular? O que aconteceria se você dissesse claramente o seu nome e o da empresa enquanto o seu cliente está experimentando um estado de impaciência, confusão ou frustração? Que resultado você esperaria se você apresentasse o seu produto ou serviço enquanto o seu cliente estivesse se sentindo descrente?

Essas situações não são incomuns. De fato, muitas vendas são perdidas antes mesmo que o vendedor se dê conta disso. Entender alguns dos princípios do processamento da informação no cérebro pode fazer o trabalho de influenciar a mente humana relativamente um pouco mais fácil.

Princípios da função do cérebro e do processamento da informação

O cérebro humano é um sistema de informações altamente complexo. Em toda a sua complexidade, a função cuja finalidade é a persuasão e influência pode ser dividida em alguns princípios simples.

Ativação do cérebro e processamento da informação

Durante o curso de um dia médio, o cérebro humano se desloca por muitos níveis de ativação. Esses níveis de ativação são auxiliados pela freqüência da atividade eletrofisiológica produzida em qualquer momento pelo seu circuito neural (Hobson 1994).

O nível de ativação do cérebro determina a velocidade do processamento da informação, precisão, motivação e direção da atenção (interna/externa). Se você quer ser capaz de controlar como a informação é processada pelo cérebro, você deve primeiro ser capaz de igualar a velocidade de entrada da informação para o presente nível de atividade do cérebro e depois, finalmente, arrastar o sistema nervoso para operar ao nível de ativação necessária para acondicionar otimamente a informação pretendida (coordenar os estados internos com os objetos e eventos externos apropriados). Em neurofísica esse processo é mencionado como a fase bloqueada (Explorações Mente e Cérebro - parte 1).

Identificando os ritmos do cérebro

Os ritmos do comportamento humano refletem os ritmos intrínsecos do cérebro em si. Como Practitioners de PNL, nós fomos ensinados a construir rapport pelo acompanhamento e condução, combinação e espelhamento, mas raramente fomos ensinados qual que devemos usar e para quais finalidades. Muitas vezes o elemento mais essencial do acompanhamento é omitido.

"Fase bloqueada" ou algumas vezes conhecida como "freqüência bloqueada" é o elemento mais essencial. Esse é o processo de acompanhar o exato "ritmo" do sistema nervoso a fim de que a sua informação possa ser processada otimamente pelo cérebro neste momento.

Em outras palavras, a coisa mais proveitosa para compassar é qualquer coisa que lhe dê uma indicação da freqüência (velocidade ou ritmo) na qual o sistema nervoso está operando.

Isso inclui a freqüência do piscar do olho, freqüência do movimento do olho (impulsos oculares motores), freqüência da respiração, freqüência da fala, extensão da frase, duração da pausa, freqüência do movimento dos membros, freqüência da mudança corporal, velocidade e freqüência dos gestos.

Se você estiver combinando esses ritmos e compassando a relação da sua fala com a respiração dele, você pode ficar seguro de que você tem condições ótimas para o processamento da sua mensagem. Se você não estiver combinando essas relações, isso pode causar confusão, desconforto e induzir a desconfiança intuitiva pois a interação dos sistemas nervosos está fora de sincronia.

Entretanto, esse tipo de compassamento não necessariamente significa que você está em rapport. Você pode estar em perfeito ritmo e ainda violar as crenças ou os valores do cliente com pouca ou nenhuma chance de conseguir sair do labirinto.

Influenciando a química do cérebro

A informação que entra no sistema mente/cérebro é de pouco valor sem conduzir primeiro a atividade neural. O processo de condução prepara o sistema de processamento da informação do cérebro para a aceitação da nova informação pelo afrouxamento das prévias conexões neuronais e tornando o sistema cerebral mais fluente e flexível. Os neuro moduladores na base do cérebro estão numa constante interação dinâmica.

Quando um nível de atividade do circuito cerebral está elevado, a base do cérebro libera uma grande quantidade de norepinefrina (NE) no neocórtex (Hobson 1994). Isso causa um excessivo fortalecimento das sinapses, as quais podem causar interferência entre os padrões anteriormente armazenados bem como com os novos padrões sensoriais que entram (Hasselmo e Barkai, outubro 1995).

Isso pode resultar num padrão comportamental correspondente de inflexibilidade a novas idéias. O efeito do excessivo fortalecimento das sinapses pode ser evitado pela introdução da "atividade dependente da depressão" da força sináptica. A redução na força das conexões sinápticas e uma maior fluência ocorrem pela presença da acetilcolina (AC). A condução deliberada dos ritmos neurais intrínsecos pelo efetivo uso da fase- bloqueada se torna uma ferramenta essencial para a persuasão e influência ao conduzir o sistema cerebral para um estado fluente e frouxamente unido.

Logo que ocorre a fase bloqueada dos ritmos, um vendedor pode começar a compassar o cérebro do cliente para um nível de atividade mais baixo, reduzindo gradualmente a sua própria freqüência de comportamento (respiração, freqüência da fala, gestos, etc.).

Isso por sua vez faz com que a base do cérebro produza um nível maior de AC a ser liberada no neocórtex, deste modo reduzindo a força das conexões sinápticas e possibilitando uma aceitação mais fluente dos novos padrões sensoriais (suas sugestões). Esse estado cerebral ideal também demonstrou que pode otimizar a indução da potencialidade de longo prazo (LTP) na região do hipocampo do cérebro, resultando num armazenamento de longo prazo e no reconhecimento dos padrões sensoriais que recentemente foram introduzidos (sugestões pós-hipnóticas).

Acredita-se que a otimização colinérgica na modificação sináptica vá desempenhar um papel importante no armazenamento permanente da informação nas estruturas corticais.

Evidência comportamental importante pode ser encontrada ao se estudar a dinâmica neocortical da hipnose e do transe. Constata-se que pessoas em transe têm uma maior recordação e susceptibilidade à sugestão. A dinâmica eletrofisiológica discutida acima é em grande parte responsável por essas capacidades. Também foi descoberto que excessivo fortalecimento das sinapses intrínsecas podem conduzir para a ativação simultânea de todos os padrões armazenados, resultando na perda da discriminação da recordação entre os padrões (Hasselmo e Barkai, outubro 1995).

O estado cerebral pode causar resistência devastadora em virtude de sugestão persuasiva. Isso é parecido com tentar assistir um programa de televisão sem uma antena. Também é importante notar, nesse ponto, que a aprendizagem acelerada ocorre melhor durante esse estado de neuromodulação colinérgica e associada com ondas teta Classe II (Kandel, Schwartz, Jessel, 1991 e 1995).

O excessivo fortalecimento das conexões sinápticas dentro do córtex também pode resultar na perda da especificidade ou da reação para padrões de inputs específicos. Isso é comumente visto no cliente confuso, oprimido e vacilante que precisa de algum "tempo para pensar". O fortalecimento exagerado das conexões sinápticas pode resultar numa atividade cortical parecida com doenças repentinas originando fortes dores de cabeça e desorientação. Em resumo, arrastar o sistema nervoso pelo compassamento e pela condução para um nível mais baixo de atividade, é essencial para reduzir rapidamente a resistência (interferência entre os padrões sensoriais) à suas sugestões.

Intensificando a emoção

Outro beneficio da redução do nível de atividade do cérebro humano antes da sugestão é que o relacionamento entre a ativação hemisférica comece a mudar. Os neurocientistas estão conscientes que o hemisfério cortical direito tem conexões mais ricas com as estruturas subcorticais, incluindo aquelas do sistema límbico (complexo amídala-hipocampo) o qual desempenha um papel crítico na coordenação dos estados emocionais que, com os apropriados padrões sensoriais entram pelos eventos e pelos objetos externos.

Combinado com as áreas de associação, a amídala também é essencial para a interpretação e a expressão do componente emocional da linguagem e por essa razão, pode ser ativada pelo tom emocional da sua sugestão. Durante a atividade dependente da depressão (diminuição na ativação neural e afrouxamento do engate neuronal), existe uma troca na atividade dominante do hemisfério esquerdo para o direito e um aumento correspondente na intensidade da emoção experimentada pelo cliente, bem como uma forte excitação do sistema de recompensa límbico do cérebro (Kissin 1986).

Essa troca na atividade hemisférica permite que o vendedor tenha um controle muito maior sobre os estados emocionais e motivacionais necessários para tomar uma decisão de compra. Também se acredita que exista um aumento de dopamina no tálamo e no córtex visual, permitindo a formação de imagens mais vívidas.

O último grande benefício ao se conduzir deliberadamente o estado cerebral é uma diminuição na atenção geral e um aumento para manter a atenção focada. Todas essas mudanças na função cerebral facilitam uma maior receptividade para a sugestão e a influência. A partir desse ponto de condução neuronal (fase bloqueada), é possível agora conduzir cinestesicamente o estado de um cliente, mudando sutilmente o seu próprio estado.

No momento em que você determina o estado ótimo de receptividade à sua sugestão e a iniciação do comportamento desejado, você pode conduzir o cliente para este estado simplesmente você mesmo entrando primeiro nesse estado. Deste modo, se a motivação é o estado em que você deseja que o seu cliente fique e você calibrou previamente que os comportamentos desejados irão ocorrer neste estado, você precisa bloquear a fase com o estado presente dele e depois, gradualmente, você mesmo se tornar motivado.

Nesse nível, ao influenciar o sistema nervoso diretamente, você ganha acesso a um dos princípios auto-organizados do núcleo do cérebro e controle sobre diversas outras funções do cérebro. A condução dos ritmos intrínsecos do cérebro lhe dá acesso direto a:

  • apropriadas emoções do estado-dependente, memórias e comportamentos;
  • reação emocional intensificada;
  • entrada de informação e freqüência do processamento sincronizados; e
  • sistema de memória de longo prazo auxiliado pelas ondas teta Classe II, as quais permitem armazenamento de longo prazo e recordação das suas sugestões.

Em resumo, influenciar os estados fisiológicos e comportamentos por meio dos princípios da neurofísica, lhe dá o controle sobre um dos mais importantes processos que é o responsável pela organização espontânea do labirinto (função cerebral) em si.

Desnecessário dizer que você pode reduzir bastante a complexidade da caminhada no labirinto ao influenciar diretamente a organização do labirinto que você pretende explorar. Isso é o que você pode fazer agora que entendeu a dinâmica neocortical dessa poderosa ferramenta.

Artigo publicado na revista Anchor Point de abril de 1996.

http://www.golfinho.com.br/artigospnl/mente_e_cerebro/mente_e_cerebro_4.htm


domingo, 14 de junho de 2009

O que é Pensar?

Que é Pensar?

Sérgio Biagi Gregório

1. INTRODUÇÃO

O que se entende por bem pensar? Será que sabemos pensar? Há alguma diferença entre pensar e ruminar pensamentos? É possível melhorar o nosso pensamento? Existe alguma técnica? Com essas perguntas introdutórias, damos início à nossa análise do tema. Nele verificaremos os princípios de aprendizagem, ferramentas utilizadas para o bem pensar e algumas anotações sobre o pensar por nós mesmos.

2. CONCEITO

Pensar, na significação etimológica do termo, quer dizer sopesar, pôr na balança para avaliar o peso de alguma coisa, ponderar.

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Tomando a Natureza como ponto de partida, observamos que as pedras e as árvores existem, mas não pensam; os animais, por sua vez, têm lampejos de pensamento; somente o homem tem a capacidade de construir pensamentos através da palavra escrita e falada e, com isso, transmitir conhecimentos. Contudo, ainda estamos longe de bem utilizar o nosso cérebro, no sentido de bem pensar. Não é sem razão que muitos dizem que usamos uma parcela muito diminuta dele. É que não somos habituados a pensar com profundidade naquilo que estamos pensando. Anotemos as notícias veiculadas num jornal televisivo: há uma série de informações, muitas vezes desconexas, cuja análise fica para segundo plano. Além disso, preferimos aquilo que diverte, aquilo que mexe com as nossas emoções. De qualquer modo, todos somos obrigados a pensar melhor porque a vida, com as suas dificuldades, coloca-nos, muitas vezes, num beco sem saída. Aí não temos escolha, a não ser debruçar o pensamento sobre nós mesmos.

4. PRINCÍPIOS DE APRENDIZAGEM

4.1. DO CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO

Qual a razão de estarmos passando do simples para o composto, do conhecido para o desconhecido? É a lei de toda a exploração. Para entrarmos numa terra desconhecida, primeiramente temos que sair da conhecida, na qual nos encontramos. Para ensinarmos eficazmente matemática a uma criança, primeiro, temos que lhe transmitir a noção de número. Claude Bernard dizia: "Assim como o homem não pode avançar a não se colocando um pé diante do outro, o espírito naturalmente deve colocar um pé diante do outro. Além disso, o pé tem como ponto de apoio o chão; assim também a inteligência apóia-se num conhecimento do qual ela tem certeza." (Ide, 2000, p. 3)

O professor ou conferencista deve constantemente cuidar para engatar o vagão do seu pensamento ao de seus ouvintes, sob pena de, como se diz familiarmente, "passar por cima da cabeça deles"

4.2. DO GERAL PARA O PARTICULAR

Aristóteles dizia: "A marcha natural do intelecto é ir das coisas mais conhecíveis e mais claras para nós às que são mais claras em si e mais conhecíveis. (...) Ora, o que para nós é primeiramente manifesto e claro são os conjuntos mais misturados; é só depois que, dessa indistinção, os elementos e os princípios se destacam por meio da análise." (Ide, 2000, p. 6)

Como decorrência do princípio anterior, as idéias são apreendidas, primeiramente, em sua generalidade, inclusive de forma nebulosa; somente depois é que elas vão se assentando em nosso cérebro. É como uma pessoa caminhando, que vê um vulto se deslocar. Pensa: deve ser um animal; chegando, porém, mais perto, percebe que é um ser humano como ele mesmo. Um outro exemplo: pense numa montanha. A imagem dela preenche todo o nosso ser. Contudo, para conhecê-la melhor temos que galgá-la ou analisá-la de cima a baixo. Disto resulta que, quanto mais particular é o dado analisado, mais conhecimento se tem a seu respeito. Lembremo-nos das especializações da ciência, que cada vez mais vão se distanciando do todo para tratar de algum fato particular. A definição filosófica do homem obedece a este raciocínio. Fala-se, primeiramente, que é um animal; depois, acrescenta-se o termo racional, ou seja, o homem é um animal racional.

4.3. APRENDE-SE MELHOR FAZENDO

Este princípio tem relação com as frases inglesas: "learn by doing" (aprender fazendo) e "try and error" (tentativa e erro). É pensando que aprendemos a pensar; é raciocinando que aprendemos a raciocinar. Muitas vezes somos bafejados por um bom intelecto, mas o usamos para o mal. Isso mostra que devemos pôr em pratica aquilo que aprendemos na teoria. Qual a utilidade de sabermos a Bíblia de cor, se não temos condições de pôr em prática nenhum de seus versículos?

5. FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA BEM PENSAR

5.1. PERGUNTA

A primeira das preocupações para o bem pensar é a pergunta. Saber perguntar é uma arte. Diz-nos a psicologia social que o homem deveria ser avaliado não pelas respostas que dá, mas pelas perguntas que faz. Nesse mister, a filosofia se baseia muito mais na pergunta do que na resposta, pois estamos sempre em busca de respostas. Diz-se também que não há pergunta sem prévios conceitos, pois quem pergunta já sabe algo da pergunta.

Saber responder também é uma arte. As nossas respostas, na maioria das vezes, não atendem ao que foi perguntado, mas reflete muito mais o que lemos ou ouvimos: o nosso trabalho de reflexão acaba sendo efetuado, não no nível da pergunta, mas no da resposta. É preciso cercar a pergunta por todos os lados.

5.2. PROBLEMA

O que é um problema? O problema pode se descrito como uma situação de tensão sentida pela matéria viva, cada vez que um de seus afetos não encontra meio de extinção imediato ou manifesto. Diante deste conceito, os seres inanimados não teriam problema, pois não sentem este tipo de tensão. Na acepção corrente, podemos dizer que o problema é um incômodo, uma contrariedade, um mal-estar, uma oposição ao nosso pensar.

Filosoficamente considerado, o problema é o nexo ainda não manifestado entre conceitos que se comparam na reflexão. Ele não é um cálculo matemático; ele deve resumir uma pergunta, com fundamento gramatical. Assim, antes de estudarmos Kant, Hegel e Leibniz, deveríamos descobrir o que eles estavam procurando, ou seja, que tipo de resposta eles queriam dar às suas perguntas. Nesse sentido, o conteúdo filosófico é muito mais importante do que a descrição histórica, do que contar história.

Para detectar um problema, podemos nos servir de um exemplo plástico. Suponha que à nossa frente encontra-se um muro. Ele é um problema? Não? Quando ele se torna um problema? Quando o quisermos transpor. Aí, teremos que pensar, racionar e ver a melhor maneira do o fazer. (Pauli, 1964)

5.3. ANÁLISE

A apropriação de um conhecimento requer o exercício da análise filosófica. O que entende por analisar? Analisar é decompor e discernir as diferentes partes de um todo, mas também reconhecer as diferentes relações que elas mantêm, quer entre si, quer com o todo. Analisar é ousar enfrentar a dificuldade, a complexidade que o conhecimento requer. É desatar os nós que impedem a clara distinção do conhecimento. Nesse sentido, não se deve ser precipitado, nem impaciente, pois tanto uma atitude quanto a outra impede que nos façamos "engenheiro do sentido". (Arondel-Rohaut, 2000, p.2)

6. PENSAR POR SI MESMO

6.1. ORDENAÇÃO

Os dados estão na realidade, como os frutos na vitrine. Eles estão dispersos. Como somos o centro da percepção, temos que exercitar a ordenação dos mesmos. E ordenar não é tarefa fácil, pois nos obriga a juntar, a amontoar, coisa que temos um pouco de preguiça, principalmente a preguiça mental.

De que serve assistir durante meia hora a um jornal na TV, ler artigos durante uma hora, se não retivermos quase nada? É preciso alocar a nossa energia mental para aquilo que estivermos fazendo. Estamos dispostos a nos distrair ou informar-nos?

O preparo de uma palestra ilumina o nosso pensamento. Quando falamos em público, não deveríamos falar o que nos vêem à mente, mas aquilo que foi planejado, digerido, ou seja, aquilo que não aparece publicamente. É como a suavidade do gesto do dançarino, fruto visível de um trabalho invisível e quase infatigável de preparação.

6.2. REFLEXÃO

O elemento chave para o bem pensar ou pensar por nós mesmos é a reflexão. É uma volta sobre si mesmo. A reflexão seria mais perfeita se fosse somente sobre o próprio pensamento, sem a intervenção dos sentidos; mas, como o pensamento e os sentidos são inseparáveis, de qualquer forma é uma reflexão. Depois de tudo assimilado, depois de tudo associado, temos que parar e voltarmo-nos para o nosso interior, propondo, inclusive, uma mudança comportamental. Santo Agostinho, um dos expoentes da Escolástica, sugere que façamos o que ele fazia todas as noites, antes de dormir: "repassava mentalmente o que fizera durante dia, indagando como fora em palavras, pensamentos e atos".

6.3. LIBERTAÇÃO PELO CONHECIMENTO

Presentemente, há um estoque ilimitado de informações: são mais de 25 séculos de estudo e aprendizado. Os pensadores que passaram por este Planeta trouxeram coisas boas e ruins; alguns acabaram enveredando pelo seu didatismo e acabaram se distanciando da verdade. Nesse mister, o apóstolo Paulo recomenda que leiamos de tudo, mas que fiquemos com aquilo que for bom. Kant, por exemplo, é elogiado por muitos filósofos modernos, mas também muito criticado por ter desviado a filosofia da razão e a encaminhado para a emoção.

Qualquer conhecimento, sem o aval do Criador, é um conhecimento parcial que não nos liberta. A própria palavra a-teu significa esquecido de Deus, abandonado. Nesse sentido, a libertação pelo conhecimento será somente aquela que provier da Divindade, pois é aí que se encontra a verdade. Por isso, Cristo nos dizia: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

7. CONCLUSÃO

Direcionemos os nossos raciocínios pela senda do bem pensar. Não nos preocupemos com as possíveis dificuldades iniciais; ao contrário, vislumbremos os frutos sazonados nos exercitados por ele.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

IDE, Pascal. A Arte de Pensar. Tradução de Paulo Neves. 2. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2000 (Ferramentas)

ARONDEL-ROHAUT, Madeleine. Exercícios Filosóficos. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

PAULI, E. Que é Pensar (Teoria Fundamental do Conhecimento). Florianópolis: Biblioteca Superior de Cultura, 1964.

São Paulo, maio de 2005


Fonte: http://www.ceismael.com.br/filosofia/filosofia006.htm

Preliminarmente...

Através de Pesquisa na Rede, cheguei até este texto, publicado no endereço http://www.cerebromente.org.br/n10/mente/pensamento1.htm, que explica, em tom científico, o que é o Pensamento...



Cogito, ergo sum!
Penso, logo existo!
René Descartes - Discurso do Método, 1637 DC
O Pensamento
Mapeamento de Imagens por Ressonância Magnética Nuclear Funcional



R. Gattass , J. Moll, P. P. Magalhães, M. F. Farias, P. Ventura e P. H. Feitosa

O pensamento é uma atividade mental organizada, com alto grau de liberdade, não limitada ao mundo físico. É um processo organizado de representação neural que forma um modelo mental para o planejamento, definição de estratégias, previsões e soluções de problemas. Este processo envolve a correlação e a integração de eventos críticos no tempo e no espaço.

A capacidade de planejamento, de definição de estratégias e de programação de atividades, permeia praticamente todas as atividades do ser humano. Na etapa de planejamento, o indivíduo analisa possíveis interpretações e tendências para definir o melhor ou mais efetivo curso de ação.

Na etapa de previsão, o indivíduo analisa uma seqüencia de eventos para antecipar o futuro; verificar a lógica e coerência dos fatos, verificar hipóteses e fazer reflexão sobre possíveis cursos de ação.

Nesta etapa, o indivíduo define uma estratégia, constrói um determinado enredo e o ensaia figurativamente (mentalmente), examinando as alternativas e opções a cada fase do processo. Para a solução de problemas, o indivíduo exercita alternativas e soluções formais ou abstratas, analisando riscos e resultados.

Ainda com o pensamento, o indivíduo estuda e racionaliza sobre a origem de seqüências de eventos da sociedade, do mundo e do universo. O pensamento é importante para a comunicação entre indivíduos, para análise de eventos imaginários e abstração do mundo físico.

A sua natureza pode ser entre outras analítica, verbal, simbólica ou abstrata. No pensamento analítico o indivíduo coordena de forma lógica modelos mentais relacionados com o objetivo de prever ou inferir um resultado. No caso de pensamento verbal, o indivíduo vivencia o pensamento como se estivesse ouvindo sua voz. Através da linguagem, o indivíduo traduz sentimentos e relatos em palavras, num contexto semântico e sintáxico. No pensamento simbólico o indivíduo analisa um modelo formal, como uma estrutura tridimensional de uma proteína ou de um prédio, avaliando em cada ponto a perspectiva daquele ponto de visada.

O pensamento musical e de relação entre línguas está incluído na categoria de pensamento simbólico. O pensamento abstrato é livre. Os modelos mentais formados neste tipo de pensamento são desvinculados do mundo físico e muitas vezes representam eventos imaginários, como o de imaginar um elefante voar. Nesse tipo de pensamento a intuição substitui a lógica na avaliação da relação entre os modelos mentais.

A correlação entre a cópia eferente nos sistemas motores e a percepção sensorial, assim como a análise dos sonhos, podem nos ajudar a entender os princípios de organização das redes neurais envolvidas na geração do pensamento.

No caso do sistema motor, quando uma área do córtex envia um comando para um músculo, essa mesma área envia uma cópia desse comando (cópia eferente) para outras estruturas sensoriais e motoras que fazem os ajustes da percepção e os ajustes posturais necessários para aquele movimento. Por exemplo: quando as áreas que comandam o movimento ocular, ao comandar os músculos extrínsecos do olho para movê-los, enviam cópias desses comandos para inibir as áreas de percepção visual.

Esta inibição é feita através da cópia eferente, de forma que a imagem retiniana durante o movimento rápido dos olhos não seja percebida pelo indivíduo. À semelhança dos sonhos o pensamento é livre e nele o indivíduo pode se ver como observador (da forma que vivenciamos um fato), ou como ator (numa perspectiva egocêntrica ou alocêntrica; isto é, o indivíduo pode se ver como ator de uma cena,ou como se ele estivesse ao longe).

É possível estudar o pensamento?

Na última década, o estudo do cérebro ganhou uma técnica de alta resolução espacial, capaz de produzir imagens de cortes tomográficos do cérebro com resolução de até 50 m m. Esta técnica de produção de imagens por ressonância magnética tem sido usada na clínica radiológica para o estudo da estrutura neuroanatômica do encéfalo. Mais recentemente, esta técnica evoluiu para mapear aspectos funcionais do cérebro, mais especificamente, para mapear o pensamento. A correlação de imagens por ressonância magnética durante a ação e o repouso, permitiu o desenvolvimento da ressonância magnética funcional. A atividade elétrica de redes de neurônios no neocórtex produz representações neurais que se expressam como percepções, sentimentos, atos motores, comportamentos, relógios biológicos, produção de fatores de liberação de hormônios e pensamentos. A atividade elétrica de conjuntos de neurônios que se expressam em pensamento produzem variações de propriedades magnéticas do tecido que podem ser visualizadas pela ressonância magnética funcional.

Exemplo de um Estudo de Ressonância Magnética Funcional (RMF)

Num experimento de RMF, um certo número de imagens são adquiridas durante o período de estimulação (ou de uma tarefa mental) e outro igual número é adquirido durante o período de repouso (ou de uma tarefa mental complementar). A descrição que se segue é de um experimento simples que adquire imagens durante a estimulação versus imagens durante o repouso. O mesmo paradigma poderia ser usado para uma tarefa que envolvesse por exemplo, a atenção. Neste caso, nós teríamos períodos "de estimulação" em que o voluntário estaria prestando atenção numa área da superfície corpórea comparados com períodos em que o voluntário estaria prestando atenção em uma outra região da superfície corpórea. A diferença dessas imagens estaria então relacionada a atenção e não à estimulação sensorial. Um outro exemplo de paradigma de ressonância magnética funcional seria de comparar seqüencias de ativação durante a programação e aprendizado de uma atividade motora, com o mesmo movimento já aprendido executado de forma automática. Neste caso, nós podemos tanto verificar a seqüencia de atuação durante o período de aprendizado, como identificar áreas mais relacionadas com o planejamento do ato motor do que com a sua execução.

Um Experimento Simples

Neste experimento procuraremos descrever as áreas do córtex cerebral responsáveis pelo processamento da informação tátil (tato). Assim, serão programados segmentos de experimento para a estimulação de segmentos da pele da mão, do tronco e do pé (Fig.1 - topo). A visualização das áreas do córtex ativadas pela estimulação sensorial permitirá descrever a localização e a organização topográfica das áreas somestésicas (do tato) do homem.
Neste experimento serão adquiridos conjuntos de imagens (imagens de 8 fatias do cérebro a diferentes alturas) durante o período de estimulação alternadas com conjuntos de imagens durante o repouso. A Figura 1 mostra um exemplo de três fatias. Assim, em cada ciclo estimulação e repouso nós teríamos adquirido oito conjuntos de 16 imagens de oito fatias do cérebro, totalizando 128 imagens. Em um segmento do experimento a estimulação de uma região do corpo, como a dos dedos da mão seria repetido 8 vezes resultando em um conjunto de 1024 imagens para cada área da superfície corpórea estudada (Fig.2). O experimento como um todo, estuda quatro regiões da superfície corpórea incluindo regiões da mão, da face, do tronco e do pé. Os dados constituem 4096 imagens obtidas em duas condições básicas: estimulação e repouso.
Tendo adquirido imagens em duas condições torna-se importante identificarmos quais áreas do cérebro possuem variação do sinal magnético que se correlaciona com a função repouso / estimulação ( Janela time course - Fig 3). O primeiro método desenvolvido para este fim foi o da promediação (tirar média) das imagens durante a estimulação seguida da subtração da média durante o repouso. Para este método a imagem é dividida em pixels (pequenos quadrados) em que cada elemento recebe um valor de intensidade da ressonância magnética. A operação de subtração feita pixel a pixel revela pequenas áreas de sinal diferencial repouso/estimulação. A diferença de ressonância pode então ser graduada e codificada em cores e superposta à imagem estrutural da fatia estudada (fatia à direita na figura 3) . Um outro método, que nós utilizamos atualmente é o de correlação entre o sinal magnético de cada pixel e a curva de estimulação. Este método de correlação permite uma análise mais geral da correlação estimulação/repouso, além de possibilitar análise de correlações múltiplas quando o experimento é feito com mais de duas variáveis.

O método utilizado envolve a aplicação de tratamento estatístico que correlaciona a variação de intensidade de sinal em cada voxel (pixel tridimensional) da imagem com uma curva determinada de acordo com os períodos de estimulação e controle (cross-correlation analysis). O limiar de correlação utilizado será de 0,7 ou seja, todos os pixels cuja correlação é menor que 0,7 são desconsiderados. Com isso obter-se-á um mapa de todos os pixels que ultrapassavam esse coeficiente de correlação. Para aumentar a especificidade do estudo, aplicar-se-á sobre esses mapas de correlação a técnica de agrupamento (Fig.4). Assim, só as áreas nas quais três ou mais pixels vizinhos excederem o coeficiente são consideradas como ativação real. Esse tipo de procedimento descarta em grande parte pixels cuja correlação é fortuita, direcionando a análise e consolidando os resultados.

Áreas Sensoriais do Tato do Córtex do Homem

Os resultados monstrados na Figura 1 demonstram várias áreas somestésicas no Homem. Vários focos de ativação na área S1 (Áreas 3-1-2 de Brodman) indicam a existência de mais de duas áreas somestésicas no sulco pré-central. Além dessas, duas outras áreas foram descobertas: uma denominada S2, situada na área 43 de Brodman) e outra denominada de área somestésica insular, situada no córtex insular na junção do giro pré-central com o córtex parietal.

Bibliografia

Belliveau JW, Kennedy DN, McKinstry RC, et al. Functional mapping of the human visual córtex by magnetic resonance imaging. Science 1991: 254:716-719.

Binder JR, Rao SM, Hammeke TA, et al. Lateralized human brain language systems demonstrated by task subtraction functional magnetic resonance imaging. Arch Neurol, vol.52, 1995; 593-601.

Ogawa S, Menon RS, Tank DW, et al. Functional brain mapping by blood oxigenation level-dependent contrast magnetic resonance imaging. Biophys J 1993; 64:803-812.

Ogawa S, Lee TM, Kay AR, et al. Brain magnetic resonance imaging with contrast dependent on blood oxigenation. Proc Natl Acad Sci USA 1990; 94:68-78.


Autor Principal

Ricardo Gattass, MD, PhD
E-mail: rgattass@chagas.biof.ufrj.br, rgattass@abc.org.br
Professor Titular, Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Membro da Academia Nacional de Ciências desde 1993, seção de Ciências Biológicas


Copyright 2000 Universidade Estadual de Campinas
Uma iniciativa: Núcleo de Informática Biomédica
Publicado em: 15.Jan.2000

terça-feira, 9 de junho de 2009

Olá, pessoal!

Este espaço foi criado a partir da proposta do Instituto Ayrton Senna - Programa Escola Conectada - do qual a Escola Estadual Pedro Pires Ferreira, da Cidade de Tabira - PE participa, onde atuo como Coordenador Pedagógico.

Tentarei, através de muita pesquisa, desvendar um grande mistério que me inquieta bastante: Por que não paramos de pensar? - e assim desenvolver o meu Projeto de Aprendizagem.

Espero poder contar com a colaboração de todos. Sintam-se à vontade para postar contribuições, comentários, observações. Meu desejo é criar uma grande rede significativa de conhecimentos em busca de respostas concisas à minha pergunta.

Sejam bem-vindos! Abraços!